
Quem trabalha em funilaria e pintura conhece o frio na barriga quando o carro está pronto para a cabine e, de repente, falta o catalisador certo. Ou a lixa 1200 sumiu. A produção para, o cliente liga, a equipe perde ritmo. Dá para evitar isso com alguns hábitos simples e um pouco de método. Nada mirabolante. Só clareza e constância.
Eu já vi oficina boa sofrer por causa de um parafuso que não chegou. Também vi time pequeno, com pouco espaço, rodar liso porque sabia o que comprar, quando comprar e quem acionar quando havia risco. O segredo não está em ter um estoque gigante. Está em ter um estoque que conversa com a sua rotina.
Sem lixa, não há pintura.
Neste guia, vou mostrar como organizar os insumos e peças do dia a dia, como definir mínimos, falar com fornecedores e montar um controle visual que todo mundo entende. E, claro, como a FlowCar ajuda a garantir que sua oficina não fique parada por falta de material, com alertas, apontamentos e integração com o sistema tintométrico.
O que mais para a produção
Nem todo item tem o mesmo peso. Alguns são substituíveis. Outros travam o serviço. Tinta, catalisador, primer, thinner, lixas finas, mascaramento, bicos de pistola e EPIs, por exemplo, são itens que param um carro se faltarem. Peças maiores podem ter prazos, mas costumam estar mapeadas no orçamento. O risco mora nos itens pequenos e de alto giro.
Uma forma simples de entender isso é separar seus insumos por impacto e giro:
- Alta prioridade: param a produção se faltarem, giram rápido. Ex.: catalisadores, lixas 600 a 2000, fita crepe automotiva, diluentes, bicos 1.4/1.8.
- Média: há alternativas, mas afetam tempo e qualidade. Ex.: panos, desengraxante, luvas específicas.
- Baixa: baixo consumo ou fácil substituição. Ex.: espanadores, funis, copos.
Na FlowCar, você pode marcar itens como críticos e receber alertas quando o saldo chegar no mínimo. Parece detalhe, mas salva prazos. Já vi cliente evitar retrabalho só por ter a informação na hora certa.
7 dicas para não ficar na mão
1. mapeie os itens críticos de verdade
Reúna o time e liste, sem filtro, tudo que é usado em cada etapa: funilaria, preparação, pintura, polimento e entrega. Depois, marque o que trava o fluxo. Seja honesto. Às vezes, o spray desengraxante certo é mais importante que a politriz reserva.
No FlowCar, você pode ligar cada insumo às etapas do processo. Assim dá para saber onde ele impacta e quanto custa por carro. Essa visão muda decisões de compra.
2. defina mínimo, máximo e ponto de pedido
Três números simples resolvem boa parte das faltas:
- Estoque mínimo: o menor saldo seguro, já considerando consumo médio e prazo do fornecedor.
- Estoque máximo: o teto que evita dinheiro parado e validade vencida.
- Ponto de pedido: quando disparar a compra, antes de chegar no mínimo.
Exemplo prático. Se você usa 10 latas de thinner por semana e o prazo do fornecedor é de 5 dias, mantenha um mínimo de 15 e faça pedido quando cair para 20. Simples. Ajuste com o tempo.
A FlowCar sugere pontos de pedido com base no consumo real por serviço e por período. ERPs genéricos até oferecem algo parecido, mas não trazem a leitura por etapa da oficina, nem cruzam com cabines e ordens em andamento. Aqui está a diferença que ajuda no dia a dia.

3. adote um controle visual que qualquer um entende
Você não precisa de planilha complexa para começar. Sério. Use cartões e cores. Vermelho para mínimo, amarelo para ponto de pedido, verde para acima do ponto. Coloque o cartão no último item da pilha. Quando chegar nele, é hora de comprar.
Outro método bom é o sistema de duas caixas. Uma caixa abastece a produção, a outra fica de reserva com o mínimo definido. Quando a primeira esvaziar, a segunda entra em uso e o cartão dispara o pedido.
Na FlowCar, dá para espelhar esse visual no painel. O que está em vermelho, pede ação, com alerta. O que está em amarelo, pede atenção. E o que está em verde, segue o jogo.
4. crie rotinas curtas de conferência
Inventário mensal resolve? Resolve parte, mas costuma ser tarde. Melhor ter rotinas menores e frequentes. Sugestão prática:
- Diário: checar itens críticos de alto giro na abertura do dia, leva 5 minutos.
- Semanal: conferir validade e avarias de tintas, catalisadores e EPIs.
- Mensal: revisar mínimos, máximos e consumo por etapa.
Quando a equipe participa da contagem, o cuidado aumenta. E o desperdício cai. Eu sei, dá preguiça. Mas funciona.

5. converse com fornecedores e tenha plano B
Nem todo fornecedor entrega no mesmo prazo. Alguns variam muito. Mapeie prazos reais, não os prometidos. Anote atrasos, qualidade e condições. Para itens críticos, mantenha pelo menos dois fornecedores ativos. Negocie preços, mas também combine reservas para sazonalidades.
Use pedidos com números claros, descrição correta do material, cor, marca e lote quando aplicável. Na FlowCar, cada pedido fica ligado à ordem de serviço. Se uma cor exigir refação, você sabe qual lote foi usado, sem adivinhação. Sistemas genéricos até registram compras, só que não conectam com a etapa onde o problema apareceu.
6. meça consumo por carro e por etapa
Se você não sabe quanto usa de lixa por carro, fica difícil ajustar mínimos. Com apontamentos simples, dá para chegar a números confiáveis. Algo como: preparação, 3 folhas de 600 e 2 de 1000 por carro médio; pintura, 200 ml de thinner para limpeza e mistura. São médias, claro, mas orientam.
A FlowCar capta esse consumo no processo, com base em tarefas e no sistema tintométrico integrado. Você registra a fórmula, a perda e o que foi reaproveitado, tudo conectado ao custo real do serviço. Isso muda a conversa sobre margem.

7. padronize e cuide do básico
O básico evita perda boba. Seguem alguns pontos, meio óbvios, que fazem diferença:
- Endereçamento: cada item tem lugar fixo. Caixa sem etiqueta vira bagunça.
- Validade: gire primeiro o que vence antes. Coloque na frente.
- Unidades de medida: padronize. Nada de confundir ml com l ou folha com pacote.
- Devolução: sobrou insumo de uma OS, volta para o estoque com registro. Sem sumiço.
- Responsável: nomeie um dono do estoque. Se todos cuidam, ninguém cuida.
Se quiser dar um passo a mais, crie kits por etapa. Um kit de preparação com lixas, discos, panos e fita. Repor o kit é mais rápido que caçar item por item. A FlowCar ajuda a montar esses kits e acompanhar a reposição.
Exemplos do dia a dia
Dois casos que vi e mudaram a rotina de quem aplicou:
Caso 1, thinner e catalisador. A oficina tinha três marcas e prazos diferentes. Eles ajustaram o ponto de pedido pelo maior prazo. O pedido passou a sair antes, com volumes menores. O consumo ficou estável, sem sobra vencida.
Caso 2, lixas finas. O time vivia sem a granulação correta. Implantaram duas caixas com cartões e etiquetas de cor por grão. Em duas semanas, zeraram a falta. O gasto por carro caiu porque ninguém improvisava com grão errado.
O simples resolve. Quase sempre.
Como a FlowCar amarra tudo
O diferencial da FlowCar é ser feita para funilaria e pintura. O painel vê o chão de fábrica, não só o financeiro. Você tem:
- Alertas por etapa quando o item ligado à preparação ou pintura chega no mínimo.
- Integração tintométrica com fórmulas, ajustes e perdas registradas por OS.
- Custo por serviço com consumo real de insumos, não só a compra no mês.
- Tarefas e kits para organizar o uso e a reposição sem ruído.
Alguns concorrentes prometem algo parecido. Só que são genéricos, pensados para lojas ou fábricas de outro perfil. Na prática, não conversam com cabine, refino, curing time e refações. A FlowCar nasceu desse chão. E isso aparece no detalhe.
Conclusão
Evitar falta de insumo não é sorte. É método simples, aplicado todo dia. Mapeie itens que travam a produção, defina mínimos e pontos de pedido, use controle visual, converse com fornecedores e meça consumo por carro. Faça isso do seu jeito, mas faça. Com a FlowCar, você tem um braço a mais, com alertas, integração de cores e custos por serviço que mostram onde o dinheiro vai e de onde ele volta. Quer ver esse controle rodando na sua oficina, sem mistério? Fale com a gente, teste a FlowCar e pare de perder tempo com o que dá para prever.
Perguntas frequentes
O que é estoque de insumos?
É o conjunto de materiais consumidos no trabalho diário da oficina, como tintas, catalisadores, primers, lixas, fitas, diluentes, bicos e EPIs. São itens que entram e saem o tempo todo e, se faltam, podem parar um serviço. Diferente de peças grandes, os insumos têm giro alto e pedem cuidado constante.
Como organizar meu estoque de insumos?
Comece listando tudo o que usa por etapa. Separe por prioridade e defina mínimos, máximos e ponto de pedido. Use um controle visual simples com cores ou sistema de duas caixas. Enderece prateleiras, coloque etiquetas claras e crie rotinas curtas de conferência. Se quiser acelerar, use a FlowCar para alertas, kits por etapa e registro de consumo por ordem de serviço.
Quais são os principais erros no estoque?
Faltas por falta de mínimo, compras por impulso, itens sem endereço, etiquetas confusas, prazos de fornecedor ignorados e validade esquecida. Outro erro comum é não medir consumo por carro. Sem isso, os mínimos viram chute. E, claro, não ter responsável claro pelo estoque.
Vale a pena automatizar o controle de insumos?
Sim, quando a automação conversa com a rotina da oficina. A FlowCar ajuda com alertas de mínimo, integração com o sistema tintométrico, custo por serviço e pedidos ligados à OS. Isso evita paradas e também desperdício. ERPs genéricos até registram entradas e saídas, só que raramente enxergam as etapas de funilaria e pintura com a precisão que você precisa.
Como evitar faltas de insumos importantes?
Defina mínimos com base no consumo e no prazo de entrega, crie ponto de pedido, mantenha dois fornecedores para itens críticos, adote controle visual e faça conferências rápidas com frequência. Registre o consumo por etapa para ajustar os números com realidade. Com a FlowCar, os alertas e o painel por etapa deixam isso muito mais fácil.